segunda-feira, 8 de março de 2010

Dia Internacional da Mulher

Camponesa de José Malhoa (1903) - Casa Museu dos Patudos

Faz hoje um século, em 1910, numa Conferência Internacional de mulheres realizada na Dinamarca, foi decidido fazer do dia 8 de Março o Dia Internacional da Mulher. Este surge para homenagear as operárias têxteis de uma fábrica de Nova Iorque que, neste dia, do ano de 1857, entraram em greve, ocupando a fábrica, para reivindicarem a redução de um horário de mais de 16 horas por dia para 10 horas. Estas operárias que, nas suas 16 horas, recebiam menos de um terço do salário dos homens, foram fechadas na fábrica onde, entretanto, se declarara um incêndio, e cerca de 130 mulheres morreram queimadas.

Em Alpiarça também foram muitas as mulheres que com a força da sua luta escreveram as linhas da nossa História. Mulheres que lutaram e lutam por futuro mais digno e mais fraterno.


Vindima - Nos Campos de Alpiarça

sexta-feira, 5 de março de 2010

Elementos para o Estudo da História Local

No âmbito das Comemorações do Dia Internacional da Mulher vai realizar-se no dia 9 de Março, pelas 21h:00, no Polo Enoturístico da Casa dos Patudos - Museu de Alpiarça uma conferência intitulada:- Perfil de Eugénia Relvas. Através de imagens da época poder-se-á acompanhar Eugénia Relvas até à conversão da Casa dos Patudos em Museu. Esta iniciativa será apresentada pelo Professor João Serra, Drª Marta Piscalho e Drª Laurinda Paz.

José Relvas nasceu a 5 de Março de 1858 - Faz hoje 152 anos



José Relvas, político, lavrador, músico, coleccionador de arte, foi sem dúvida este republicano um grande homem que marcou a História de Alpiarça e do país.
José de Mascarenhas Relvas nasceu, na Golegã, a 5 de Março de 1858 era filho de Carlos Augusto de Mascarenhas Relvas de Campos e de Margarida Amália Mendes de Azevedo e Campos.
José Relvas nasceu no seio de uma família de fidalgos, seu pai Carlos era um monárquico convicto.
José Mascarenhas Relvas matricula-se na Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra em 10 de Outubro de 1874 com apenas 16 anos. Depois de frequentar a Universidade de Coimbra vai para Lisboa e aí frequenta o antigo Curso Superior de Letras, onde se forma apresentando como prova final em 1880, a tese sobre Direito Feudal, cujo título era «O direito do senhor foi uma medida fiscal da propriedade».
Em 5 de Fevereiro de 1882, casa com D. Eugénia de Loureiro Relvas, filha dos Viscondes de Loureiro de Viseu, deste casamento nasceram três filhos que vêm a falecer antes de José Relvas. É no ano do seu casamento que começa a dirigir a Casa Agrícola de seus pais.
Aderiu ao partido republicano em 1907 e juntamente com Magalhães Lima visita vários países, preparando o advento da República em Portugal.
Em Alpiarça participa em comícios ao lado de Bernardino Machado; é aqui que são também realizadas várias reuniões dos homens que desenvolviam o processo revolucionário.
Na manhã de 5 de Outubro de 1910, José Relvas, ao lado de Eusébio Leão proclama a República, no seu discurso aconselha o povo para que se comporte com a maior dignidade.
No Governo provisório de 1910, presidido por Teófilo Braga é nomeado Ministro das Finanças e nesta altura que elabora a reforma monetária de 1911, que criou o escudo.
José Relvas morreu em 31 de Outubro de 1929. Por sua vontade a sua casa assim como todas as colecções foram legadas à Câmara Municipal de Alpiarça, para ali ser feito um museu.